Diálogos

Visita dos alunos de OFIAUP para levantamento das áreas de intervenção na comunidade

15/06/2011

praxis

Data: 11/06/2011

Os alunos de OFIAUP (1^o semestre de 2011) retornaram à comunidade para fazer o levantamento das áreas de inserção de suas futuras propostas. Os vários grupos passaram a manhã do sábado (11 de junho) realizando este trabalho e conversando com os moradores.

Levantamento com mangueira de nível realizado pelos alunos de OFIAUP / Fonte: Grupo Praxis

Alunos da displina de OFIAUP e moradores da comunidade

Alunos da disciplina de OFIAUP e moradores da comunidade / Fonte: Grupo Praxis

Ao mesmo tempo, a execução da linha de esgoto na rua B e na rua principal continuava e merece destaque o importante papel das mulheres envolvidas nesse processo.

Mulheres trabalhando na execução da linha de esgoto / Fonte: Grupo Praxis

Visita após o temporal do dia 9/06/2011

15/06/2011

praxis

Data: 10/06/2011

Na noite de quinta feira, 9 de junho, Belo Horizonte assistiu a uma tempestade de chuva e ventos que castigou a infraestrutura de água e luz em toda a cidade.

Na comunidade Irmã Dorothy a situação não foi diferente. Várias casas tiveram seus telhados danificados e o fornecimento de água e luz foi cortado. Uma das casa, que ainda estava em construção, acabou desabando e estima-se que o prejuízo do dono da residência chegue a 3.000,00.

Casa destruída pelo temporal / Fonte: Grupo Praxis

O esgoto continua a ser foco de ações na comunidade e, após a retirada dos materiais do trecho piloto, alguns moradores se uniram para a construção de uma segunda linha de esgoto da Rua B. A linha tem declividade suficiente e já conta com uma caixa de visita para auxiliar na manutenção, mas os moradores não seguiram as recomendações de ligar a linha à caixa da Copasa e construíram o trecho voltado para a Rua Córrego do Capão da Posse, em direção ao talvegue.

Execução da segunda linha de esgoto da Rua B/ Fonte: Grupo Praxis

Na mesma visita foi possível perceber o avanço do processo erosivo do talvegue, que pode ter sido agravado pelo despejo do esgoto da comunidade e de resíduos da construção civil advindos de outras partes da cidade. Além disso, notou-se uma grande rachadura no terreno adjacente e as lideranças e alguns moradores foram alertadas do perigo de desabamento no local.

Rachadura no terreno adjacente ao talvegue/ Fonte: Grupo Praxis

Despejo de entulho no talvegue adjacente à ocupação/ Fonte: Grupo Praxis

O desmonte do Trecho Piloto e o início de uma nova linha de esgoto na Rua B

15/06/2011

praxis

Data: 06/06/ 2011

O trecho piloto executado em dezembro de 2010 foi completamente desfeito. Em visita do dia 4 de junho observou-se que alguns moradores da Rua B, que eram donos de canos e de uma caixa de passagem que haviam sido utilizados, iniciaram a sua retirada.

Desmontagem do Trecho Piloto da rua B/ Fonte: Grupo Praxis

O morador responsável pela ação era um dos donos dos materiais e explicou que tanto os canos quanto a caixa de passagem seriam utilizados para compor uma nova rede de esgoto que atenderia sua casa e seria direcionada à Rua Córrego do Capão da Posse. A medida já tinha o apoio de 2 moradores de outros lotes que auxiliarão na construção da nova linha para a rua.

Em paralelo a esta linha coletiva está a linha individual executada por um morador da Rua Principal. Tendo chegado na comunidade há pouco mais de um mês, o morador optou pela execução da linha simultaneamente à construção da casa. Por estar mais próximo da Rua Córrego do Capão da Posse, sua linha foi direcionada para o talvegue.

Linha de esgoto individual de morador da Rua Principal/ Fonte: Grupo Praxis

Visitas dos alunos de OFIAUP para cadastro de moradores e diagnóstico físico

15/06/2011

praxis

Datas: 14 e 21/05/2011

Os alunos de OFIAUP (1o semestre de 2011) realizaram sua primeira visita à Irmã Dorothy. Os alunos foram recebidos pela comunidade e visitaram as ruas e casas para a realização de um cadastro dos moradores e um diagnóstico físico do terreno. Todo este levantamento contribuirá para o banco de dados da pesquisa Diálogos.

Alunos de OFIAUP (1o sem. 2011) na Comunidade Ir. Dorothy/ Fonte: Grupo Praxis

Os alunos identificaram problemas de contenção no talude que divide a Irmã Dorothy e a Camilo Torres. Um morador da Rua A realizou um corte no terreno a fim de utilizar a terra retirada, deixando a situação do talude de forma precária. Um grupo de alunos da disciplina foi encarregado de realizar propostas de contenção para a encosta.

Problemas de contenção de encostas na Rua A / Fonte: Grupo Praxis

Uma casa recém construída da na rua C chamou a atenção de todos os visitantes. Elogiada também pelos moradores, a casa apresenta um ótimo padrão construtivo, com fundações, alvenaria e telhados bem executados por seu construtor.

Casa com bom padrão construtivo na Rua C / Fonte: Grupo Praxis

Visita preliminar ao retorno dos alunos de OFIAUP -1o semestre de 2011

15/06/2011

praxis

Data: 7/05/2011

A visita tinha como objetivo uma conversa preliminar com as lideranças para avisar a comunidade do trabalho que seria desenvolvido pelos alunos da disciplina de OFIAUP (Oficina de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo) do curso noturno de Arquitetura e Urbanismo da EA-UFMG.

Além desta conversa e do contato com as lideranças, foi possível observar que a ação dos moradores continua a transformar a comunidade por meio da autoconstrução de suas casas. Desde a última visita é notável o aumento do número de residências de alvenaria tanto na Irmã Dorothy 1 como na Irmã Dorothy 2 e uma das lideranças informou que já não há mais espaço para receber novos moradores.

Irmã Dorothy 1, setembro de 2010 / Fonte: Grupo Praxis

Irmã Dorothy1, junho de 2011/ Fonte: Grupo Praxis

Com relação ao esgoto, a Rua A se encontra mais mobilizada para refazer a linha feita no ano passado. No diálogo entre os moradores e os membros do grupo de pesquisa, discutiu-se conjuntamente o processo de funcionamento do esgoto e reforçou-se a necessidade de executá-lo coletivamente. A Rua A também está organizada para discutir a questão da drenagem pluvial durante o período de seca.

Desenho no chão, sistema de esgoto Rua A / Fonte: Grupo Praxis

A linha de esgoto da Rua B foi iniciada em fevereiro e já se encontra quase finalizada. De acordo com os moradores faltam apenas 4 varas de cano para se conectar esta linha ao poço da COPASA. A linha foi elaborada e executada por um grupo de moradores e apresenta a declividade desejável, o que foi verificado em teste feito pelos moradores e pelos membros do grupo PRAXIS durante a visita.

Linha de esgoto do final da Rua B/ Fonte: Grupo Praxis

Teste de declividade no esgoto da Rua B/ Fonte: Grupo Praxis

No entanto, por ser resultado da união de apenas uma parte dos moradores, a linha mencionada não atende toda a rua. Os moradores que não participaram do processo demonstraram interesse na construção de uma outra linha que será voltada para o talvegue da Rua Córrego do Capão da Posse.

A rua C ainda continua sem esgoto.

Visita para averiguar a execução do esgoto

02/03/2011

praxis

Data: 23/02/2011

Objetivo: Verificar o andamento da execução da rede de esgoto.

Resumo:
Apesar da insegurança gerada pelos mandados de reintegração de posse emitidos pelo TJMG, os moradores continuam construindo na Comunidade Irmã Dorothy 1.

O grupo foi recebido na ocupação por uma liderança que nos informou que os moradores estão mobilizados na questão da luta pela permanência, e que aproximadamente 45 pessoas das comunidades Irmã Dorothy e Camilo Torres irão à Brasília em excursão organizada pelo Fórum Permanente de Solidariedade às Ocupações.

Percebemos que o início das ruas A e B estavam mais limpos e que o final do terreno foi cercado.

Ruas mais limpas

Cerca no final do terreno

Um morador da Rua A decidiu elevar seu banheiro para tentar resolver a questão da inclinação do trecho entre a sua casa e a rede construída em direção ao talvegue vizinho.

Banheiro elevado em moradia da Rua A

Alguns moradores do início da Rua A, que a princípio pensaram em ligar suas casas à rede direcionada ao talvegue vizinho, consideram a possibilidade de se conectarem a uma rede a ser construída em direção ao poço da Copasa, caso os demais moradores da rua se mobilizem.

Cerca de 5 moradores do final da Rua B se reuniram e contrataram uma pessoa para cavar uma vala e executar uma rede de esgoto direcionada ao ponto de visita da Copasa próximo a eles. A profundidade da vala cavada até agora não permite que os moradores do início da rua se conectem a essa rede. O grupo sugeriu que aumentassem a profundidade naquele ponto, mas há uma grande quantidade de concreto e asfalto que dificulta o trabalho. Sugerimos que eles alugassem um martelo rompedor para terminar o serviço. A vala cavada está aberta e cheia de água. Um dos moradores relatou que usou brita sob a tubulação que sai da sua casa, seguindo recomendações da cartilha deixada pelo grupo.

Vala cavada pelos moradores do final da Rua B

Na Rua C encontramos um homem que está construindo a casa da irmã e que tem experiência na construção civil. Ele nos disse que pretende reunir os moradores da rua para executarem juntos a rede de esgoto, e que já pensou em mais de uma possibilidade de traçado da rede. Uma cartilha foi entregue e explicada a ele.

Em entrevista a um dos pesquisadores, um morador disse que acha importante o nosso trabalho na Comunidade, já que “o grupo estuda e eles praticam”.

Reunião com o Grupo Praxis

24/02/2011

praxis

Data: 22/02/2011

Objetivo: Apresentar ao grupo Praxis os trabalhos realizados na pesquisa Diálogos.

Resumo:

Apresentação dos trabalhos

Reunião com alto comando da Polícia Militar – Comunicado das Brigadas Populares

22/02/2011

praxis

Comunicado das Brigadas Populares

Visita para o atendimento às demandas individuais

21/02/2011

praxis

Data: 05/02/2011

Objetivo: Assessorar os moradores nas demandas individuais.

Resumo:
Com os desdobramentos anteriores do esgoto, decidimos mudar de estratégia e tentar uma aproximação a partir de questões individuais dos moradores, ajudando-os com melhorias construtivas ou reformas. Deixamos cartazes na visita anterior (02/02) avisando da nossa presença e disponibilidade a partir das 10h do dia 05/02. No entanto, assim que chegamos, percebemos que a questão do esgoto ainda era o assunto principal.

O grupo chegou para auxiliar questões individuais, mas durante todo o tempo não fomos solicitados por niguém da Dorothy 1, da Dorothy 2 ou da Camilo Torres.

Moradores trabalhavam na ligação de suas casas ao trecho de esgoto já executado na Dorothy 1, o que nos mostrou que a questão ainda era a principal. Um dos moradores não tinha meios de se conectar a nenhum dos trechos iniciados, o que comprovou a impossibilidade de se pensar o esgoto individualmente.

Moradores trabalhando na ligação de suas casas à rede de esgoto direcionada ao talvegue vizinho

Moradores de trechos distintos da Rua B mostraram desejo de solucionar o problema, mas reclamavam da não participação dos demais, evidenciando a falta de diálogo entre os vizinhos. Sugerimos que conversassem entre si, já que havia interesse entre as partes, mas faltava comunicação. Nesta rua há a dificuldade de escavação devido ao maciço rochoso existente. Comprometemo-nos a pesquisar preços de ferramentas que executassem o serviço rapidamente, de modo que os moradores concluíssem o serviço em um fim de semana.

Na Rua C os moradores já se organizavam por uma solução e discutimos as possibilidades mais econômicas e as menos trabalhosas, de forma que eles pudessem decidir a mais adequada. Eles próprios decidiram organizar uma assembleia entre os moradores da rua naquela mesma semana.

Reunião de avaliação da pesquisa Diálogos

21/02/2011

praxis

Data: 03/02/2011

Objetivo: Discutir a situação atual da Comunidade Irmã Dorothy e definir as próximas diretrizes de atuação.

Resumo:
Na reunião foram relatados todos os eventos relacionados ao esgoto desde dezembro, a fim de colocar todos os presentes a par da situação. Discutimos as razões dos moradores não terem dado continuidade ao trabalho inciado no dia 18/12/2010 e de não terem seguido as recomendações técnicas na execução do trecho da Rua Principal. Entre os possíveis motivos levantamos as hipóteses da ausência de coletividade e de liderança e da falta de comprometimento dos moradores com o trabalho, mas essas hipóteses devem ser confirmadas por meio de diálogos com os moradores. Questionamos ainda as possíveis falhas da cartilha enquanto meio de transmitir informação e a possibilidade de não termos conquistado a confiança dos moradores. Relatamos a descrença com a situação e a decisão de tentar uma abordagem a partir das questões individuais, a qual seria iniciada no dia 05/02/2011. Foi discutida se a melhor forma de nos mostrarmos disponíveis à Comunidade seria transitar entre os lotes, acompanhar alguma obra por um tempo ou ficar à espera em algum local estratégico, mas não chegamos a uma conclusão.