A Copa de 2014 e suas vítimas – Resposta da PBH

Em resposta às discussões sobre reassentamento das famílias que ocupam as margens do Anel Rodoviário, a Prefeitura se manifestou em entrevista para a TV Alterosa.

“O vice-prefeito Roberto Carvalho, que esteve recentemente em Brasília com a secretária executiva do PAC Nacional, Miriam Belchior, afirmou que sem a remoção e o reassentamento das famílias não há como fazer a obra do Anel Rodoviário. Mirian Belchior assegurou estarem previstas verbas no valor aproximado de 160 milhões de reais do Minha Casa, Minha Vida para o reassentamento das cerca de 2.300 famílias que habitam hoje o entorno do Anel Rodoviário de Belo Horizonte. Roberto Carvalho afirma que deve ficar claro que o processo de reassentamento das famílias da Vila da Luz e Vila da Paz e as obras de revitalização do Anel Rodoviário caminham juntamente. As obras no Anel só serão realizadas com o reassentamento das famílias e que isso já está previsto. É prioridade do Governo Federal e da Prefeitura que isso ocorra. “Temos inclusive exemplos de outras obras que tiveram a devida assistência, como a Vila Vietnã, que ficava nas imediações da Cristiano Machado e as famílias foram reassentadas”, ressaltou o vice-prefeito.

Entrevista para TV Alterosa:

Essa posição do Ministério Público de que não existia um projeto para reassentar as famílias é fato ou não?
Em partes. Está previsto no projeto da obra e é algo já assegurado pelo Governo Federal o fato de que não se faz obras em perímetro urbano onde haja famílias ocupando terras sem o reassentamento digno destas. Está contido em todo o desenvolvimento do projeto de revitalização do anel rodoviário o reassentamento das famílias como parte integrada a esta. Inclusive existe verba do Minha Casa, Minha Vida, assegurada pela Casa Civil para que todas as famílias sejam reassentadas.

É certo então que essas famílias não ficarão na mão como entende o Ministério Público?
Em hipótese alguma elas ficarão na mão. Hoje elas estão em área de altíssimo risco, mas na obra elas serão reassentadas com dignidade em um local digno, em apartamentos que serão feitos para essas famílias.

Vocês vão apresentar um projeto de reassentamento para o Ministério Público para que dê início a licitação?
O projeto de reassentamento das famílias é feito concomitantemente ao andamento do projeto das obras de revitalização do Anel Rodoviário. O reassentamento está garantido pelo governo federal, que assim como a prefeitura, não abre mão de nenhuma obra onde haja famílias que elas não sejam reassentadas com dignidade. Este é o posicionamento público e o que de fato vai ocorrer.

Vai ser necessário ou não uma mudança no projeto antes do início da licitação?
Não. Nós precisamos da licitação das obras para que concomitantemente seja elaborado um projeto de reassentamento. As famílias serão respeitadas e terão moradias dignas.

Essa posição do Ministério Público, portanto, não afetará o processo que já estão em andamento?
De forma alguma. O que o Ministério Público quer é o mesmo que nós, Governo Federal e Prefeitura queremos: respeito às famílias. Nós precisamos e sabemos da necessidade das obras. As famílias não podem continuar onde estão, vivendo na situação que vivem e a realização das obras de revitalização do Anel Rodoviário garantirá aos moradores da Vila da Luz e da Vila da Paz melhores condições de vida, com seu remanejamento para moradias dignas.”

QUE ASSIM SEJA!

PDDI – Oficinas Públicas Ciclo C

Cartilha Direitos do Morador de Rua

No dia 9 de agosto o Ministério Público Estadual de Minas Gerais (MPE) lançou a cartilha Direitos do Morador de Rua – um guia na luta pela dignidade e cidadania.

A cartilha é dividida em duas grandes unidades informativas: a primeira descreve o morador de rua, sua forma de vida e as razões que o levam a tal condição; a segunda discrimina os direitos do morador de rua, passando, entre outros, por moradia, trabalho, saúde, lazer, educação e alimentação. Três anexos finais trazem um guia de onde encontrar ajuda – órgãos públicos, ongs, universidades, igrejas -; um modelo de requerimento e um modelo de hábeas corpus. O material ainda reserva um espaço para a identificação do morador de rua – nome e números de registro – e anotações cotidianas.

Fonte: Site Pólos de Cidadania

A Copa de 2014 e suas vítimas

“Quase 2.600 famílias moradoras da Vila da Luz e da Vila da Paz, em Belo Horizonte, estão ameaçadas de remoção em função da obra de melhoramento e adequação do Anel Rodoviário.

O projeto, orçado em cerca de R$ 800 milhões, não prevê recursos para remoção e reassentamento da população envolvida e já teve o edital anulado pelo TCU (19/08/10), que alegou irregularidades correspondentes a um sobrepreço de cerca de R$300 milhões.

A ocupação, feita por famílias de baixa renda desde 1981, nunca recebeu investimentos públicos e vive em extrema precariedade há três décadas, sem serviços básicos de iluminação, abastecimento de água, esgoto ou coleta de lixo, e ainda sofre com os riscos decorrentes da proximidade com a rodovia.O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) havia apresentado uma notificação aos moradores com o prazo de 15 dias para que se retirassem do local e sem apresentar qualquer alternativa. Os projetos de adequação do Rodoanel de BH têm sido divulgados pelo Governo do Estado de Minas Gerais como uma das obras de preparação da cidade para a Copa de 2014.

O Ministério Público já havia advertido o DNIT sobre a necessidade de garantia do direito à moradia digna neste projeto, porém a licitação foi aberta com a aprovação da Licença Ambiental pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte (COMAM) e sem qualquer proposta que se referisse ao equacionamento do destino das 2.600 famílias ameaçadas.”

Fonte: Blog da Raquel Rolnik

Vale acrescentar à lista de comunidades ameaçadas o Recanto UFMG onde vivem cerca de 60 famílias intranquilas em virtude da construção de um viaduto que vai atingir suas moradias. O viaduto servirá para a Copa. E as famílias sequer têm assegurada outra moradia no Município, muito menos nas redondezas onde vivem há mais de doze anos.

Solução para Mobilidade na USP

A USP (Universidade de São Paulo) irá instalar, até o final do ano, um sistema de compartilhamento de bicicletas para facilitar a locomoção de alunos, professores e funcionários pela Cidade Universitária.
Chamado PedalUSP, o projeto custará aproximadamente R$ 500 mil para a implantação, segundo o coordenador do programa Campus Sustentável, Eduardo Barbosa.

No total, serão cem bicicletas espalhadas por dez estações em pontos estratégicos do campus do Butantã. Com uma carteirinha de identificação, o usuário pode retirar a bicicleta em uma estação e devolvê-la em qualquer outra da universidade.

O usuário terá uma hora para devolver a bicicleta gratuitamente. Depois disso, será cobrada uma taxa de utilização.
Segundo Barbosa, a tarifa servirá para incentivar o uso correto do serviço.

“A ideia é que as bicicletas sejam usadas como meio de transporte, não como objeto de lazer.” O projeto foi criado por dois engenheiros mecatrônicos que criaram o protótipo para o trabalho de conclusão de curso.

A dupla se inspirou no modelo francês e adaptou o formato para as áreas da Cidade Universitária. A proposta do PedalUsp inclui, ainda, a criação de quatro faixas exclusivas para bicicletas dentro do campus.

Fonte: eBand

2º Seminário Internacional de Gestão Cultural

Seminário debaterá sobre espaços culturais e será dia 5 e 8 de outubro.
Ao realizar um seminário temático para debater e, principalmente, para refletir sobre o que são e para onde vão os espaços culturais contemporâneos, a DUO Informação e Cultura busca promover um espaço de pensamento no qual possam se encontrar todos aqueles que tenham o interesse em aprofundar a reflexão sobre os espaços culturais na atualidade – em todas as suas vertentes e formatos.

Participarão do seminário Fernando Maculan, Stéphane Huchet, Natacha Rena e outros.

Inscrições e mais informações: http://www.duo.inf.br/seminario/index.html

Oficina Pública do Plano Metropolitano

Curso de Aquecedor Solar de baixo custo

Santos sanciona lei inédita para recuperação de habitações coletivas

Muitas casas que abrigaram as famílias mais abastadas de Santos, na região central da cidade, se transformaram em habitações coletivas. A implantação do ‘Alegra Centro’, que visa recuperar a zona histórica de Santos, traz agora a reboque o ‘Alegra Centro Habitação’. A ideia é melhorar as condições de vida de quem reside em habitações coletivas na área central, além de atrair novos empreendimentos residenciais e comerciais para a região, por meio do Programa de Reabilitação do Uso Residencial na Região Central. “Já existe toda uma infra-estrutura montada, que se encontra mal aproveitada”, acrescentou o prefeito.
A legislação define os tipos de moradias coletivas permitidas: aluguel (tipo 1, até 20m²), condomínio (2, de 20m² a 40m²) e habitação de interesse social (3, até 60m²). Para cada tipo de moradia, são especificadas as normas e adaptações que devem ser executadas pelos proprietários, como o número de habitantes permitidos, quantidade de cômodos e medidas necessárias, além de regras sobre ventilação e iluminação, entre outras.

Empresários que construírem residências na região e donos de imóveis que recuperarem as moradias receberão até oito incentivos fiscais, com isenção parcial ou total de impostos (ITBI, ISS, IPTU, entre outros) e de taxas municipais. Os proprietários de habitações precárias que não cumprirem as exigências estarão sujeitos à multa de R$ 2 mil até R$ 8 mil, que pode chegar até 50% do valor venal do imóvel para quem não aderir ao programa. A presidente da Associação Cortiços do Centro, Samara Faustino, citou a participação dos moradores da região central na definição do programa municipal.

Os donos de imóveis terão suporte de escritório técnico, com profissionais da PMS (Prefeitura Municipal de Santos), professores e estudantes da Unisanta (Universidade Santa Cecília) por meio do Escritório Modelo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, e a administração municipal foi firmada com a presença da reitora Silvia Ângela Teixeira Penteado. “Os alunos serão mediadores dos pré-projetos de recuperação e, assim, vão exercitar seus conhecimentos num programa de revitalização histórica”, disse Silvia Penteado.

Audiência Pública sobre Dandara dia 14/07

A situação de cerca de quatro mil pessoas que hoje vivem na ocupação Dandara, em Belo Horizonte, será tema de audiência da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, na próxima quarta-feira (14/7/10). A reunião será realizada no Teatro, a partir das 14 horas. Os deputados querem discutir, com convidados, possíveis violações de direitos humanos no iminente despejo dessas famílias.

Hoje são 981 barracos cadastrados e numerados. Estima-se a presença de mais de 4 mil pessoas. Já houve decisão judicial para a desocupação do lugar. Por isso a preocupação da Comissão de Direitos Humanos em acompanhar o assunto.

Convidados
- Bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte e reitor da PUC Minas, Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães; secretário de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, Sebastião Navarro Vieira Filho; promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça e Defesa dos Direitos Humanos e de Apoio Comunitário (CAO-DH), Rodrigo Filgueira de Oliveira; coordenador de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais, Gustavo Corgosinho Alves de Meira; secretário Municipal de Políticas Urbanas de Belo Horizonte, Murilo de Campos Valadares; professor do Serviço de Assistência Judiciária da PUC Minas, Fábio Alves dos Santos; assessor da Comissão Pastoral da Terra, Frei Gilvander Luís Moreira; coordenador do Ministério de Promoção Humana da Renovação Carismática Católica-BH e integrante do Movimento Brigadas Populares, Bruno Henrique Nogueira Cardoso.