1) Conversa com Pe. Edson
Denise apresentou a pesquisa ao Padre e contou sobre o trabalho realizado na Comunidade Irmã Dorothy no último ano. Explicamos que o nosso interesse no Jardim Canadá se deve principalmente à variedade do bairro e Pe. Edson reconheceu que há, de fato, situações de contraste e várias possibilidades de ação. Um problema comum destacado por ele é a questão dos aluguéis, que são em geral muito caros. Um lote comprado há 4 anos por 52 mil reais vale hoje 120 mil, e com essa valorização ocorreu o aumento do custo de locação. Embora a atuação da Igreja seja restrita à comunidade católica, reconhecemos como um público importante para a divulgação inicial e o Padre permitiu que explicássemos o trabalho e distribuíssemos panfletos durante as missas do domingo, tanto na Igreja de São Judas Tadeu (onde há maior número de fiéis, mas são dispersos) quanto na de São Francisco (que apesar de agregar poucas pessoas, é uma comunidade dinâmica e participativa).
Além disso, Pe. Edson apresentou-nos a duas pessoas que disse serem importantes no bairro e que estão também ligadas às atividades da igreja: Antônio, novo vice-presidente da Associação Comunitária e proprietário de uma empresa de caçambas, e sua esposa Gracinha, que trabalha para a própria Igreja. O casal ficou animado com o trabalho do Diálogos e disse que nossa presença nessa nova fase da Associação Comunitária seria importante. Dentre os principais problemas destacados por eles no Jardim Canadá estão: a inexistência de um velório, a necessidade de um salão comunitário para a Igreja, a sujeira das ruas e ausência de um bota-fora, a necessidade de meio-fios e árvores nas calçadas e a ausência de pontos de ônibus.
Pe. Edson, Antônio e Gracinha disseram que deveríamos entrar em contato também com Sérgio, futuro presidente da Associação e pessoa de influência na comunidade.
2) Conversa com Joanne, coordenadora da ONG Casa do Jardim:
Joanne disse que devemos ter uma ideia do que gostaríamos de fazer para apresentar à comunidade, embora explicássemos que nosso trabalho surge do “fazer junto” com a comunidade e não da proposição de uma ideia previamente pensada.
Segundo ela, há uma carência de espaços para as crianças brincarem no bairro. Antes da Praça dos Quatro Elementos, o único espaço de lazer era o Parquinho da Vale, no leste do bairro, e as próprias creches e escolas não têm esse tipo de ambiente. Discutimos a possibilidade de criar brinquedos a partir dos resíduos existentes no bairro, mesmo que fosse algo provisório. Outra questão destacada por ela é a necessidade de pontos de ônibus e a arborização do bairro, especialmente no que se refere à criação de espaços sombreados.
Joanne disse que também poderíamos deixar panfletos na Casa do Jardim e que ela ajudaria na divulgação do nosso trabalho. Além disso, ela conhece pessoas próximas à ONG que estão construindo ou reformando e disse que entraria em contato a fim de verificar a possibilidade de conversarmos com eles.