Visita ao bairro Capela Velha

Participantes: Denise, Júnia, Marcela, Bianca e Paulinisia

A segunda visita ao Capela Velha teve por objetivo iniciar uma aproximação com os moradores do bairro. Santa e Odilon, residentes na Rua A, nos receberam para uma conversa.

De início nos chamou a atenção o avanço das obras da moradia que Odilon está construindo. A nova casa pretende ser maior e mais segura que a antiga. Santa nos contou que no último período chuvoso a família enfrentou dificuldades devido à fragilidade da moradia que os abriga. Após o término da nova casa, provavelmente a antiga será demolida.

Atual casa dos moradores Santa e Odilon (ao fundo) e nova casa começando a ser construída na frente da antiga (fotografia de 17/08/2011)

Nova casa dos moradores Santa e Odilon sendo construída por este (fotografia de 25/08/2011)

Denise apresentou rapidamente o projeto de pesquisa Diálogos à moradora Santa, que a princípio acreditou tratar-se de uma assessoria paga, e argumentou que a comunidade é pobre e não tem condições de pagar pelos serviços de um arquiteto. Esclarecemos que trata-se de um projeto acadêmico, gratuito, que parte do pressuposto de um desejo recíproco de diálogo e compartilhamento de informações, mas sem recursos para o auxílio financeiro à comunidade envolvida. Exemplificamos os trabalhos que poderiam ser desenvolvidos: desde questões coletivas – espaços comunitários, etc – até as demandas individuais de cada família – fossa, drenagem, dúvidas sobre dimensionamento de cômodos, soluções alternativas para contenção de encostas, etc.

Denise e Marcela conversando com a moradora Santa

Questionamos Santa sobre a possibilidade de apresentarmos o projeto em uma reunião do Vida Nova, pois acreditamos que as famílias cadastradas no programa podem se beneficiar do nosso trabalho. A moradora nos informou que a próxima reunião ocorrerá no dia 15 de setembro, mas provavelmente acontecerá no bairro Jardim Canadá. Santa disponibilizou-se a procurar mais informações e comunicá-las à equipe Diálogos.

Santa nos informou que o distrito de Macacos não tem recebido muitos recursos da Prefeitura de Nova Lima nas questões relativas à moradia. A moradora disse que há um programa que disponibiliza materiais de construção às famílias de baixa renda, mas não conhece ninguém que tenha sido contemplado em Macacos. Nos comprometemos a buscar informações sobre os programas de melhoria habitacional vigentes.

Perguntamos sobre a possibilidade de uma aproximação com outras lideranças do bairro, mas Santa disse que a comunidade está desmobilizada e a associação de moradores sem presidente.

Odilon, marido de Santa, trabalha na construção civil e está construindo a nova casa da família. Inicialmente, a moradia terá quatro cômodos, mas será ampliada no futuro. Todas as decisões relativas à construção – dimensionamento, materiais, etc – foram tomadas por eles, que não tiveram nenhuma assessoria. Perguntamos a Odilon sobre a possibilidade de uma parceria na construção de sua casa, mas ele acredita não precisar de ajuda, já que tem experiência em obras.

Denise entregando o folheto da pesquisa Diálogos aos moradores Santa e Odilon

Após a visita, decidimos reformular o folheto de divulgação da pesquisa, a fim de explicitar pressupostos como a gratuidade da assessoria, o público alvo, os benefícios da parceria, etc.

Caracterização do bairro Capela Velha

Situado no distrito São Sebastião das Águas Claras, mais conhecido como Macacos, o assentamento se localiza a aproximadamente 12 km da sede de Nova Lima. A área em estudo possui muitos lotes vagos e cerca de 115 domicílios, caracterizando, ainda, uma região pouco adensada (27,5 hab/ha). É importante ressaltar que o lugar encontra-se em expansão, tendo dobrado sua população nos últimos 5 anos. A produção e o mercado imobiliário são intensos, sendo comum a existência de imóveis alugados, de acordo com moradores do local.


Exibir mapa ampliado

Quanto ao histórico do assentamento e sua situação fundiária, os moradores se dividem entre aqueles que acreditam que o maior proprietário é o Sr. Djalme Navarro e aqueles que acreditam que a área é de propriedade da Igreja Católica. As primeiras edificações foram o cemitério e o campo de futebol, que atendem todo o distrito de São Sebastião das Águas Claras. As primeiras ocupações residenciais teriam sido doações, de acordo com a associação de moradores do local, e com o tempo a área foi apropriada por loteadores clandestinos. Todos os lotes vagos estão cercados e sendo comercializados a valores que vão de R$30.000,00 a R$50.000,00. Estima-se que existam ações judiciais quanto à propriedade de parcelas, algumas concluídas.

Em relação à infraestrutura, todo o assentamento é atendido por abastecimento de água, energia elétrica e coleta de lixo três vezes por semana. Apesar de este último serviço ser considerado suficiente é marcante o acúmulo de lixo nas ruas. O esgoto é abarcado por fossas individuais que recebem as águas negras, enquanto o restante das águas servidas são lançadas diretamente nas ruas. O sistema viário é limitado pela ausência de pavimentação e definição das ruas (com exceção de um trecho muito pequeno onde a via foi calçada com pedra fincada), bem como as calçadas e sarjetas inexistentes. A estrada que liga a sede ao assentamento também não está pavimentada, mas a via que liga-o ao distrito de Macacos possui pavimentação asfáltica.

Os equipamentos na área de estudo se limitam a um campo esportivo e uma praça, pouco estruturados, uma pousada desativada e alguns comércios e igrejas de pequeno porte, muitas vezes localizados no próprio espaço residencial. O assentamento é atendido pelo posto de saúde de Macacos e conta com uma agente do Programa de Saúde da Família. Os estudantes são atendidos por escolas da região e contam com transporte especial municipal gratuito. A praça, apesar da precariedade, pode ser considerada com uma centralidade e é o único ponto atendido pelo transporte coletivo.

A renda familiar média da região é de até três salários mínimos. Entretanto, algumas construções possuem um nível de conforto e qualidade pouco comum nessa faixa de renda nos centros urbanos metropolitanos. Na maioria dos casos, as edificações não são revestidas externamente e não possuem jardins, mas é marcante a presença de quintais e hortas.

Há muitos lotes vagos e é comum a subdivisão dos lotes ocupados em pelo menos dois domicílios, e a verticalização, que varia de dois a três pavimentos, ligada à declividade do terreno. As taxas de ocupação são razoáveis, havendo afastamentos laterais e possibilitando a existência de iluminação e ventilação mínimas, ainda que, devido às subdivisões mencionadas, as parcelas individualizadas fiquem reduzidas.

É marcante a presença de áreas verdes com alto potencial ambiental e turístico. No entanto, a intensidade da urbanização pode colocar em risco a preservação do meio ambiente. Os cursos d’água, por exemplo, podem estar comprometidos devido ao lançamento de esgoto pela ocupação, que se encontra à montante.

A declividade da área é bem acentuada, entretanto, mesmo com cortes de terreno pouco criteriosos, não há registro de ocorrência de risco. Este fato consolida o diagnóstico do Plano Municipal de Redução de Risco, realizado 2006, que considerou o assentamento como livre de risco alto e muito alto. Existem muitas casas abaixo do nível da rua, o que pode gerar um problema específico para a drenagem quando as ruas forem pavimentadas.

Fonte: Prefeitura Municipal De Nova Lima – Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano

Primeira visita ao bairro Capela Velha

Participantes: Denise, Marcela, Bianca, Paulinisia e Ana

A primeira visita ao bairro Capela Velha teve como objetivo conhecer a comunidade e vislumbrar as possibilidades de trabalhos e parcerias nesta nova etapa. A assistente Ana acompanhou-nos e se mostrou envolvida com a comunidade e alguns de seus problemas.

 

Observamos que há grande número de casas em construção ou reforma e que muitos dos moradores trabalham em pousadas nos fins de semana, de modo que provavelmente estão envolvidos na construção nos dias de folga.

 

Primeiramente procuramos Santa, a líder do Programa Vida Nova no bairro e ex-presidente da Associação de Moradores, mas não estava em casa. A filha informou que ela só não trabalha às quintas e sextas, que seriam os melhores dias para encontrá-la. Entraremos em contato pelo telefone para descobrirmos a melhor forma de aproximação com a comunidade.
Ao longo da semana procuraremos outras duas pessoas que podem nos ajudar nesse processo:
- Joaozinho, ex-líder da Associação de Moradores;
- e Marcos Cota, funcionário da Prefeitura de Nova Lima responsável pela Regional Noroeste, que envolve o distrito de Macacos e o bairro Jardim Canadá.

Reunião na Secretaria de Habitação de Nova Lima

Participantes: Denise, Marcela, Bianca, Karine, Renata, Natália, Fátima, Ana e Márcia 

A reunião tinha como objetivo vislumbrar novas possibilidades para a pesquisa Diálogos junto à Prefeitura de Nova Lima, uma vez que não foi possível encontrar famílias de 0 a 3 salários mínimos em processo de construção ou reforma no Jardim Canadá, o que é pressuposto para o trabalho. A Associação Comunitária demonstrou interesse no nosso apoio, mas de forma que não se adequa aos objetivos da pesquisa, já que demandam o projeto para o velório comunitário.

A aproximação com as novas comunidades será feita agora com o apoio da assistente social, Fátima, que mostrou interesse na pesquisa e se prestou a fornecer todas as informações que a Prefeitura levantou para o Cadastro Único das comunidades.
As assistentes Ana e Márcia disseram que no Jardim Canadá há áreas nas quais o processo de construção e reforma está acontecendo. São invasões próximas ao Campo de Futebol e à Mata da Copasa, nas quais há pessoas que compraram lotes há muito tempo, mas só agora tiveram condições de construir, ou situações de famílias que cresceram e precisam adequar a casa. No entanto são áreas irregulares, nas quais não podemos atuar com o consentimento da Prefeitura, uma vez que a permanência ali ainda não foi aprovada. O mesmo ocorre com a Ocupação Urbana no distrito de Água Limpa, uma situação de violência que não pode ser apoiada pelo órgão público.
Desse modo, as duas novas possibilidades são:
- o Bairro Capela Velha, no distrito de Macacos: uma área invadida cuja população duplicou nos últimos cinco anos. Para evitar que invadissem outras áreas, foi feito um projeto de parcelamento com lotes de 360m2, os quais tem sido naturalmente reparcelados pela comunidade no momento da ocupação.
- e o Conjunto Habitacional Alto do Gaia: construído pela Prefeitura há 15 anos e financiado pelo FHIS (Fundo de Habitação de Interesse Social), que foi entregue aos compradores sem a realização da vistoria obrigatória. Após pouco tempo as casas apresentaram trincas e rachaduras e hoje há 35 casos de risco em níveis variados (alto, médio e baixo).

Combinamos de visitar as duas comunidades no dia 16 de agosto, juntamente com as assistentes Ana e Márcia.

Visita ao Jardim Canadá

Participantes: Denise, Marcela, Bianca e Paulinisia

A visita, realizada em um sábado, teve por objetivo tentar encontrar pessoas construindo ou reformando. Acreditamos que esse tipo de atividade se intensificaria no fim de semana, partindo do pressuposto que as pessoas trabalham nos dias úteis e aproveitam o sábado e o domingo para construir suas moradias, tal como ocorria na Comunidade Irmã Dorothy. No entanto, não encontramos muitas obras, e as encontradas possuem um padrão construtivo que nos permite deduzir que seus proprietários têm renda familiar maior que três salários mínimos, não correspondendo ao público alvo da pesquisa.
Percebemos que o acesso à terra é o principal fator que diferencia a autoconstrução no Bairro Jardim Canadá das ocupações urbanas e dos loteamentos periféricos da RMBH. Como a maior parte das famílias com renda até três salários mínimos reside em imóveis alugados ou cedidos, não há grande movimentação em torno da melhoria desses imóveis. Atualmente, um lote de 360 m² no Jardim Canadá custa cerca de 180 mil reais, o que impossibilita o acesso à terra pela população de renda mais baixa. Assim, as moradias em construção ou reforma são de propriedade de famílias com renda mais elevada.

Reunião do Grupo Praxis

Participantes: Denise, Marcela, Simone, Juliana, André, Bianca, Paulinisia, Pedro, Danilo, Ana e Karine 

Na reunião foram discutidos meios para localizar as famílias que podem se beneficiar dos projetos Diálogos e MAR.CA. Karine, que trabalha na Prefeitura de Nova Lima, sugeriu contatarmos a assistente social Maria de Fátima Aguiar e solicitarmos acesso ao cadastro das famílias inscritas nos programas de complementação de renda da Prefeitura. Contudo, já sabemos que grande parte das famílias com renda até três salários mínimos residem em imóveis alugados ou cedidos, o que dificulta a atuação da equipe Diálogos.
Prosseguiremos na tentativa de construir uma rede social de autoconstrutores do bairro, e estudaremos alguns softwares que podem nos ajudar nesse mapeamento.
Agendamos uma visita da equipe Diálogos ao Jardim Canadá no sábado, dia 09/07, na tentativa de verificarmos se os moradores que trabalham durante a semana constróem ou modificam suas casas nos finais de semana.

Visita e entrevista a autoconstrutores residentes no Bairro Jardim Canadá

Após a entrega dos folhetos nas missas do dia 05/06, Nério, morador do Jardim Canadá 2, entrou em contato com o grupo e solicitou assessoria para o irmão Nilsinho, que construiu a própria casa e enfrentava problemas com a fossa e a drenagem do pavimento subterrâneo. Chegando à casa, fomos recebidos por Sebastião, tio do proprietário, que nos mostrou a moradia e nos levou ao pavimento construído abaixo do nível da rua, no qual há um banheiro servido por uma fossa negra. Na região foi construída recentemente uma rede de esgoto, que ainda está inoperante. No período das chuvas, o pavimento subterrâneo enche-se de água e o esgoto retorna à superfície. Sebastião não tinha muitas informações sobre o corte do terreno e a construção da casa, já que não participou do processo. Percebemos que, apesar desses problemas, não se tratava de uma moradia precária, e provavelmente seu proprietário tem renda superior a três salários mínimos, não correspondendo ao público alvo da pesquisa. Ficou decidido que a moradia não seria atendida pela pesquisa, mas que o proprietário poderia entrar em contato com a doutoranda Marcela para dialogarem sobre possíveis soluções.

 

 

 

Após a visita à casa de Nilsinho, fomos até a casa de Edmar, que trabalha como pedreiro. A princípio pensamos que ele também havia construído a própria casa, mas durante a entrevista ele nos disse que mora em imóvel alugado e que pretende mudar-se para a Bahia. Diante disso, decidimos que, nas próximas aproximações, tentaremos, na primeira conversa (mesmo que por telefone), levantar alguns dados como a faixa de renda familiar, o tipo de imóvel (próprio, cedido, alugado) no qual vive a família ou o autoconstrutor, etc.
Tentamos nos aproximar de alguns autoconstrutores sugeridos pela Joanne, diretora da Casa Jardim, mas percebemos que todos eles não desejavam assessoria nas obras que estavam executando.

 

 

Marcela tentará, durante o feriado, conversar com outros autoconstrutores residentes no bairro.

Reunião do Grupo Praxis

Participantes: Denise, Marcela, Bianca e Paulinisia

Decidimos dar um maior destaque às questões relativas à autoconstrução no projeto de pesquisa Diálogos, visto que foram apontados alguns autoconstrutores pelas lideranças do bairro e pelo fato conhecermos algumas pessoas que trabalham na construção civil e residem no Jardim Canadá. Entraremos em contato com essas pessoas e agendaremos entrevistas segundo um roteiro a ser elaborado pela profa. Denise. Paralelamente, tentaremos levantar as áreas do bairro onde vivem as famílias com renda entre 0 e 3 salários mínimos. A partir desses dados, daremos início ao mapeamento da rede social proposta na reunião de 07/06.
Durante a entrega dos folhetos nas missas do dia 05/06, uma moradora do Bairro Jardim Canadá solicitou à Marcela assessoria para modificar o acesso à sua moradia, mas possuía renda superior à faixa atendida pela pesquisa. Apenas um morador contactou o grupo após a entrega desses folhetos. A visita à sua moradia foi agendada para o dia 22/06, ocasião em que tentaremos entrevistar outro morador que trabalha no setor da construção civil.

Reunião do Grupo Praxis

Participantes: Denise, Juliana, Marcela, Simone, Pedro Schultz, André, Bianca, Paulinisia, Pedro, Danilo, Ana e Karine 

Após a avaliação da última visita ao Bairro Jardim Canadá, foram discutidos meios de promover uma aproximação da nossa equipe com a comunidade. Ficou decidido que uma rede social será mapeada partindo de algumas indicações dos líderes com os quais conversamos na última visita e daqueles que procurarem o grupo por meio dos panfletos distribuídos nas missas do dia 05/06.

Esse mapeamento será realizado em conjunto com os bolsistas do MAR.CA, de modo que os bolsistas do projeto Diálogos identificarão pessoas e suas relações – familiar, de trabalho, comercial, institucional; e os bolsistas do projeto MAR.CA identificarão fontes de matérias primas e resíduos no bairro.
Os dados levantados serão mapeados em uma base comum, ainda a ser definida.

Visita ao Jardim Canadá: Pe. Edson, Antônio e Gracinha, Joanne

Participantes: Denise, Marcela, Simone, Paulinisia e Bianca 

1) Conversa com Pe. Edson
Denise apresentou a pesquisa ao Padre e contou sobre o trabalho realizado na Comunidade Irmã Dorothy no último ano. Explicamos que o nosso interesse no Jardim Canadá se deve principalmente à variedade do bairro e Pe. Edson reconheceu que há, de fato, situações de contraste e várias possibilidades de ação. Um problema comum destacado por ele é a questão dos aluguéis, que são em geral muito caros. Um lote comprado há 4 anos por 52 mil reais vale hoje 120 mil, e com essa valorização ocorreu o aumento do custo de locação. Embora a atuação da Igreja seja restrita à comunidade católica, reconhecemos como um público importante para a divulgação inicial e o Padre permitiu que explicássemos o trabalho e distribuíssemos panfletos durante as missas do domingo, tanto na Igreja de São Judas Tadeu (onde há maior número de fiéis, mas são dispersos) quanto na de São Francisco (que apesar de agregar poucas pessoas, é uma comunidade dinâmica e participativa).
Além disso, Pe. Edson apresentou-nos a duas pessoas que disse serem importantes no bairro  e que estão também ligadas às atividades da igreja: Antônio, novo vice-presidente da Associação Comunitária e proprietário de uma empresa de caçambas, e sua esposa Gracinha, que trabalha para a própria Igreja. O casal ficou animado com o trabalho do Diálogos e disse que nossa presença nessa nova fase da Associação Comunitária seria importante. Dentre os principais problemas destacados por eles no Jardim Canadá estão: a inexistência de um velório, a necessidade de um salão comunitário para a Igreja, a sujeira das ruas e ausência de um bota-fora, a necessidade de meio-fios e árvores nas calçadas e a ausência de pontos de ônibus.
Pe. Edson, Antônio e Gracinha disseram que deveríamos entrar em contato também com Sérgio, futuro presidente da Associação e pessoa de influência na comunidade.

2) Conversa com Joanne, coordenadora da ONG Casa do Jardim:
Joanne disse que devemos ter uma ideia do que gostaríamos de fazer para apresentar à comunidade, embora explicássemos que nosso trabalho surge do “fazer junto” com a comunidade e não da proposição de uma ideia previamente pensada.
Segundo ela, há uma carência de espaços para as crianças brincarem no bairro. Antes da Praça dos Quatro Elementos, o único espaço de lazer era o Parquinho da Vale, no leste do bairro, e as próprias creches e escolas não têm esse tipo de ambiente. Discutimos a possibilidade de criar brinquedos a partir dos resíduos existentes no bairro, mesmo que fosse algo provisório. Outra questão destacada por ela é a necessidade de pontos de ônibus e a arborização do bairro, especialmente no que se refere à criação de espaços sombreados.
Joanne disse que também poderíamos deixar panfletos na Casa do Jardim e que ela ajudaria na divulgação do nosso trabalho. Além disso, ela conhece pessoas próximas à ONG que estão construindo ou reformando e disse que entraria em contato a fim de verificar a possibilidade de conversarmos com eles.