Reunião com artesãos e oficina de marcenaria no CAC

Presentes:

UFMG: Denise, Marcela, Ana Paula, André, Bárbara, Bianca, Camila, Débora, Eric, Guilherme, Juliana, Mariana, Patrícia Cioffi, Paulinisia
Prefeitura de Nova Lima: Ana Paula e Vânia
Artesãos: Danilo, Hiele, Maria das Dores, Maria do Carmo, Mônica e Neuza
Artífices: Eduardo (e sua família)

No início da reunião, a proposta de trabalho foi apresentada às novas artesãs Maria das Dores e Maria do Carmo, ambas convidadas por D. Neuza.

Em seguida, a barraca de D. Neuza foi montada e possibilidades de acoplagem começaram a ser levantadas. Os materiais disponíveis para trabalho (até o momento) são as ripas de MDF e os tecidos descartados pela Prodomo.

Clique na imagem para visualizar a imagem seguinte

A princípio, pensamos em construir expositores verticais (cavaletes, ganchos, etc) e horizontais (prateleiras, bancadas, etc) a partir dos materiais disponíveis, evitando o uso de pregos e cola. Para tanto, precisamos trabalhar encaixes, de modo que as acoplagens sejam facilmente montadas e desmontadas. É desejável que essas acoplagens sejam flexíveis e, quando possível, independentes da estrutura da barraca. Assim, os feirantes podem montá-las como lhes convier, dentro ou fora da barraca.

Estruturas de apoio para estoque, caixa, assento e algumas especificidades para os produtos expostos também deverão ser pensadas. Além disso, é desejável que o beiral das barracas possa ser aumentado, protegendo os produtos, artesãos e consumidores da chuva.

Após as primeiras discussões, a turma se dividiu em duas equipes, uma encarregada de conversar com os artesãos e a outra encarregada de pensar, juntamente com Eduardo, nos encaixes possíveis.

A equipe encarregada de conversar com os artesãos relatou o seguinte:

Clique na imagem para visualizar a imagem seguinte

- D. Maria das Dores:
A filha faz arranjos florais naturais e artificiais para decoração. D. Maria das Dores faz salgados, mas prefere que D. Maria do Carmo, que já trabalha com comida, os venda.

- D. Maria do Carmo:
Vende trufas avulsas e caixas de presente com trufas diversas. Sua barraca precisa de proteção contra o sol, já que as trufas não podem ser expostas a ele. O estoque precisa ser armazenado em caixas de isopor com gelo para que seja adequadamente conservado. Pretende vender os salgados feitos pela D. Maria das Dores mas, para servi-los quentes, precisa de uma estrutura apropriada para expor salgados e trufas na mesma barraca. D. Maria do Carmo também faz Vaca Atolada e Feijão Tropeiro, mas acredita que só valha a pena comercializar esses produtos se a feira acontecer em um horário em que haja demanda desse tipo de comida.

- D. Neuza:
Expõe panos de prato, lençóis, toalhas, aventais e chaveiros. Acredita que o melhor modo de expor panos de prato, aventais e chaveiros seja em cabides dependurados; já os lençóis e toalhas são dobrados sobre uma bancada. Usa seu próprio carro para armazenar o estoque, já que ele ocupa muito espaço na barraca. Sua filha, Aparecida, pretende vender churrasco, pastel e cerveja.
Segundo D. Neuza, o melhor horário para a feira é no sábado entre as 14:00 e as 22:00. “O povo do Jardim Canadá todo trabalha no sábado de manhã e gosta de voltar do trabalho, almoçar na feira e tomar uma cervejinha”. Já no domingo, acredita que o melhor horário é depois da missa, por volta das 10 da manhã. D. Neuza acha que o evento na praça “não vai funcionar, pois o povo dos condomínios não passa lá. O pessoal de Casa Branca não teria interesse pois Casa Branca já tem feira boa”.
D. Neuza e D. Maria do Carmo disseram que na Creche São Judas Tadeu há aproximadamente 15 a 20 barracas construídas para uma feira que aconteceu no passado, em que os feirantes pagaram pelas barracas e, com o fim da feira, não as usaram mais. As duas acreditam que esses feirantes também têm interesse de expor.
D. Neuza, que tem experiência com costura, acredita que as peças de tecido que temos podem ser unidas por ilhós se a peça resultante for utilizada como vedação lateral ou para a exposição de produtos leves, mas deve ser toda costurada se for utilizada como cobertura.

- Hiele:
Faz agendas, laços de cabelo e outras bijouterias. Participa da ONG “Casa do Jardim” e pretende expor o que for feito na ONG. Precisa de uma estrutura para dependurar as bijouterias e prateleiras para as agendas. Gosta da ideia de vários níveis para expor as agendas. Gostaria de personalizar sua barraca com fitas e outros enfeites que possui.

- Danilo:
Danilo pinta quadros, telhas cerâmicas, caixinhas e outros objetos. Prefere que alguns de seus produtos fiquem fora do alcance dos visitantes para evitar que sejam tocados e sujos. Quer expor suas telhas na parte de trás da barraca, como se fosse uma “parede de telhas dependuradas”, e prefere que os quadros fiquem na frente, em vários níveis. Quanto às caixinhas, acredita que seria melhor colocá-las nas prateleiras, na altura da bancada já prevista na estrutura da barraca.
Danilo diz que as pessoas do bairro não valorizam sua arte pois “acham tudo muito caro”. Quer ajudar na divulgação para que as pessoas dos condomínios fiquem sabendo, mas também quer que os moradores do bairro se interessem pela feira pois acredita que a convivência com os amigos seja muito importante. Disse que a feira “tem que acontecer no início do mês, pois o povo está com dinheiro”. Para ele, o evento tem que acontecer no sábado, já que acredita que no domingo as pessoas querem descansar.

- Mônica:
Faz arranjos de flores, naturais e artificiais, de tamanhos variados. Alguns arranjos precisam de ganchos para serem pendurados; os arranjos de bromélia são expostos como quadros; deseja que seus produtos sejam expostos em diferentes níveis, para valorizá-los; algumas das flores são úmidas, por isso é desejável que suas prateleiras sejam vazadas em caso de vazamento da água. Demonstrou interesse em personalizar sua barraca com motivos florais.

A equipe encarregada de pensar possibilidades de encaixes com os materiais disponíveis executou alguns protótipos. Eduardo teme que os encaixes sejam desgastados com as sucessivas montagens e desmontagens.

Clique na imagem para visualizar a imagem seguinte

Após a reunião e a oficina, ficou decidido que na próxima semana tentaremos recolher mais materiais para a próxima oficina de marcenaria, que acontecerá no dia 01/10 em local ainda a ser definido. Tentaremos conseguir algumas caixas de frutas para testar outras possibilidades de expositores.

Você pode deixar um comentário.

Deixe um comentário