Leilão pela compra de uma das “Torres Gêmeas” em BH

Justiça aceita proposta de R$ 2,6 milhões oferecida em leilão pela compra de uma das “Torres Gêmeas” em BH

 

O juiz da 2ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, Sálvio Chaves, aceitou, nesta quinta-feira (6), a proposta de R$ 2,6 milhões oferecida em leilão por um dos prédios do residencial Saint Martin, conhecido como Torres Gêmeas, que faliu em 1996. O prédio e outra torre de apartamentos, localizados no bairro Santa Tereza, região Leste da capital, fazem parte dos bens da construtora cujos valores apurados em leilão servirão para pagar as dívidas da empresa falida.

O leilão chegou a ser realizado duas vezes sem que houvesse interessados e foi cancelado uma vez por falta de condições para sua realização. Em todas as ocasiões, foi necessário um esquema especial de segurança para garantir a realização dos leilões, que foram acompanhados por manifestação dos representantes dos compradores e dos moradores que ocuparam o prédio inacabado, ambos os grupos contrários ao leilão do imóvel e interessados em tomar posse dos apartamentos. De acordo com a lei, as primeiras dívidas a serem pagas com o valor apurado no leilão são as trabalhistas.

No último leilão, realizado em 31 de maio, após apregoado o lance mínimo referente à avaliação de R$ 3.031.642, sem que houvesse lance, foi proposto ao leiloeiro o valor de R$ 2,6 milhões, em duas parcelas. No último dia 14 de junho, foi publicada a decisão do juiz que homologa a proposta e determina o depósito da primeira parcela, equivalente a 50% do valor proposto, e o depósito dos 50% restantes em 30 dias.

Antes de falir, a construtora abandonou as obras do residencial San Martin na fase de acabamento, causando prejuízo a vários proprietários. Depois de meses abandonados e apesar da solicitação da síndica por reforço policial na porta da construção, os prédios, de 14 andares cada um, foram invadidos por dezenas de famílias, o que impedia que os imóveis fossem leiloados para pagamento dos credores (trabalhadores, compradores e outros).

Um incêndio ocorrido no último ano causou a desocupação de um dos prédios, que foi bloqueado para impedir a volta das famílias. Isso propiciou a realização do leilão, mas a outra torre permanece ocupada.

 

Fonte: O Tempo online

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