No Brasil, a produção informal faz parte da estrutura socioespacial e, apesar de não ser reconhecida socialmente, é imprescindível para garantir a atual ordenação espacial das cidades. As alternativas ilegais ou informais se tornam a única alternativa devido ao restrito acesso ao mercado privado e irrelevância das políticas públicas. Isso indica que a informalidade não é gerada por lideranças subversivas, mas sim por um processo de urbanização que segrega e exclui. Como consequência, a cidade formal tem se tornado cada vez mais o espaço da minoria. As ocupações urbanas no Brasil se dão em terrenos ou edifícios anteriormente vazios, que não cumpriam sua devida função social. O termo ‘ocupação’ é usado ao invés de ‘invasão’, pois a propriedade abandonada perde a proteção constitucional, ou seja, qualquer amparo jurídico.
Paraisópolis, São Paulo |